sábado, 25 de setembro de 2010
domingo, 2 de maio de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
O vocabulário do Google
O maior site de buscas da internet deixou sua marca não só na vida das pessoas como na do próprio idioma. Entre os neologismos que já produziu, "googlar" - sinônimo de pesquisar no Google - foi parar até no dicionário. Sem contar o bordão irônico "joga no Google", repetido sempre que alguém desconhece uma palavra. Essa espécie de "oráculo" da era digital, visto com desconfiança por alguns, adicionou ao seu método de pesquisa mais uma função, a "busca semântica", que está deixando os resultados de investigações na internet ainda mais interessantes e enriquecedores. Além desse recurso, o recém-lançado Google Insight for Search fornece aos internautas estatísticas sobre a incidência de palavras nas pesquisas realizadas por meio da ferramenta.
A busca hoje, como é concebida, depende da palavra. E não deveria ser. Deveria ser independente da palavra, mais completa, traduzindo a intenção ou o universo em torno do assunto buscado. Mas como o ser humano traduz o universo por meio da palavra, é por aí que começamos - afirma Felix Ximenes, diretor de comunicação do Google Brasil.
O mecanismo de busca é utilizado para diversos propósitos, não só como dicionário ou enciclopédia, inclusive por quem procura links ou atalhos para outros sites, o que pode "viciar" os resultados.
Em resumo, uma coisa é a ocorrência da palavra em blogs e portais de notícias; outra é quantas vezes as pessoas a digitaram como "ponte" para outros domínios virtuais. Tomado esse cuidado, a possibilidade aberta pelo Google é enorme ao campo da pesquisa do idioma.
Para o bem ou o mal, agora todo internauta pode bancar o linguista amador e tirar suas conclusões acerca da popularidade das palavras.
Não se pode dizer que o banco de dados pesquisado, no qual se baseia o Google, seja representativo do idioma ou possua metodologia científica. A linguística de corpus há muito faz buscas mais complexas que as disponíveis na internet - por classes gramaticais, gêneros, falantes da língua etc. - em certo corpora (plural de corpus, "amostragem").
O corpus do Google é a totalidade de arquivos de computador que a empresa copiou da web e gravou em seus computadores. É uma "caixa preta" guardada na vasta rede da empresa - afirma Tony Berber Sardinha, professor de linguística da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC - SP).
Segundo o professor, o corpus do Google é pouco representativo da conversação coloquial porque há poucas conversas transcritas disponíveis na internet. Por outro lado, o mecanismo representa melhor gêneros como blogs, por exemplo, que são "nativos" da grande rede mundial de computadores.
ABRANGÊNCIA
Só no Brasil são 40 milhões de internautas em atividade, segundo o Ibope/NetRatings. De um total de 6 bilhões de habitantes no planeta, "só" 1 bilhão acessa a internet, de modo que a adesão crescente de pessoas à rede resulta na incorporação de cada vez mais interesses e assuntos a esse "vocabulário" global. Os conteúdos não param de crescer. Segundo estatísticas do Google, de cada busca efetuada no mecanismo, 20% dos conteúdos apresentados são novos, não havia aparecido na pesquisa anterior.
A língua portuguesa está na lista de prioridades do Google. Nossos produtos serão lançados no idioma em tempo real com outros países, já que o português é uma das principais línguas da internet hoje - afirma Ximenes.
Se, como quer o crítico Andrew Keen, o Google nos diz coisas que já sabemos, esse "nós" implica muita gente. Contribuir para um imenso banco de dados e utilizá-lo eticamente são os novos desafios que a era tecnológica nos impõe. Cabe aos internautas digerir as novidades e informações da rede mundial, policiando-se para não tirar conclusões precipitadas.
A palavra, ao que tudo indica, continuará a ter um papel vital na internet.
terça-feira, 16 de março de 2010
A Princesa e a Ervilha

Adaptado do conto de Hans Christian Andersen
Era uma vez um príncipe que queria se casar com uma princesa, mas uma princesa de verdade, de sangue real meeeeesmo. Viajou pelo mundo inteiro, à procura da princesa dos seus sonhos, mas todas as que encontrava tinham algum defeito. Não é que faltassem princesas, não: havia de sobra, mas a dificuldade era saber se realmente eram de sangue real. E o príncipe retornou ao seu castelo, muito triste e desiludido, pois queria muito casar com uma princesa de verdade.Uma noite desabou uma tempestade medonha. Chovia desabaladamente, com trovoadas, raios, relâmpagos. Um espetáculo tremendo! De repente bateram à porta do castelo, e o rei em pessoa foi atender, pois os criados estavam ocupados enxugando as salas cujas janelas foram abertas pela tempestade.Era uma moça, que dizia ser uma princesa. Mas estava encharcada de tal maneira, os cabelos escorrendo, as roupas grudadas ao corpo, os sapatos quase desmanchando... que era difícil acreditar que fosse realmente uma princesa real.A moça tanto afirmou que era uma princesa que a rainha pensou numa forma de provar se o que ela dizia era verdade.Ordenou que sua criada de confiança empilhasse vinte colchões no quarto de hóspedes e colocou sob eles uma ervilha. Aquela seria acama da “princesa”.A moça estranhou a altura da cama, mas conseguiu, com a ajuda de uma escada, se deitar.No dia seguinte, a rainha perguntou como ela havia dormido.— Oh! Não consegui dormir — respondeu a moça,— havia algo duro na minha cama, e me deixou até manchas roxas no corpo!O rei, a rainha e o príncipe se olharam com surpresa. A moçaera realmente uma princesa! Só mesmo uma princesa verdadeira teria pele tão sensível para sentir um grão de ervilha sob vinte colchões!!!O príncipe casou com a princesa, feliz da vida, e a ervilha foi enviada para um museu, e ainda deve estar por lá...Acredite se quiser, mas esta história realmente aconteceu!
http://www.educacional.com.br/projetos/ef1a4/contosdefadas/princesaervilha.html
domingo, 14 de março de 2010
A Roupa do Rei

Era uma vez um rei tão vaidoso de sua pessoa que só faltava pisar por cima do povo. Certa vez procuraram-no uns homens que eram tecelões maravilhosos e que fariam uma roupa encantada, a mais bonita e rara do mundo, mas que só podia ser enxergada por quem fosse filho legítimo.
O rei achou muita graça na proposta e encomendou o traje, dando muito dinheiro para sua feitura. Os homens trabalharam dia e noite num tear mágico, cozendo com linha invisível, um pano que ninguém via.
O rei mandava sempre ministros visitarem a oficina e eles voltavam deslumbrados, elogiando a roupa e a perícia dos alfaiates. Finalmente, depois de muito dinheiro gasto, o rei recebeu a tal roupa e marcou uma festa pública para ter o gosto de mostrá-la ao povo.
Os alfaiates compareceram ao palácio, vestindo o rei de ceroulas, e cobriram-no com as peças do tal traje encantado, ricamente bordado mas invisível aos filhos bastardos.
O rei achou muita graça na proposta e encomendou o traje, dando muito dinheiro para sua feitura. Os homens trabalharam dia e noite num tear mágico, cozendo com linha invisível, um pano que ninguém via.
O rei mandava sempre ministros visitarem a oficina e eles voltavam deslumbrados, elogiando a roupa e a perícia dos alfaiates. Finalmente, depois de muito dinheiro gasto, o rei recebeu a tal roupa e marcou uma festa pública para ter o gosto de mostrá-la ao povo.
Os alfaiates compareceram ao palácio, vestindo o rei de ceroulas, e cobriram-no com as peças do tal traje encantado, ricamente bordado mas invisível aos filhos bastardos.
http://sitededicas.uol.com.br/conto_a_roupa_do_rei.htm
Acesso em 14 de março de 2010 - 22h 38min
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